domingo, 20 de julho de 2014

Desabafo sobre A Culpa É Das Estrelas

Eu queria falar um pouquinho sobre esse filme e livro que virou uma febre e todo mundo se apaixonou pela história, porque no começo eu posso até ter achado bonitinho, mas depois de uns minutos começou a me dar uma certa angústia e eu tirei algumas conclusões sobre isso.

Não vou dar sinopses, todo mundo sabe que são dois adolescentes que lutam contra o câncer diariamente  e tudo mais, e não é uma história de superação, que as pessoas conseguem vencer isso e serem felizes para sempre, e talvez seja um dos motivos que eu não gostei do livro, mostra um lado mais real, um pouco melancólico até, são pessoas que já estão com seus dias contados (O menino não sabe disso até a metade do livro. ops, spoilers, sorry). Hazel Grace é uma menina que passou grande parte da vida dela num hospital, seus pulmões não funcionam mais mas ela também consegue ter humor. Augustus Waters perdeu a perna, teve um câncer raro e até então estava livre disso. Augustus Waters. Eu amo tanto esse personagem, mais do que os outros, porque ele é cativante, apaixonante, faz tudo pela menina que ele ama, Hazel, de usar seu desejo e ir até a Holanda para conhecer o escritor que escreveu o livro favorito dela, piqueniques, tudo sempre com seu sorriso de cafajeste (que eu acho um charme).
E tem uma história de amor linda entre os dois, são muito gracinha tudo bem, tudo ok, e aí o autor dá a sentença final. Augustus acende como uma árvore de natal ao fazer uma tomografia. (spoilers novamente). E ISSO É UMA FACADA NO CORAÇÃO DOS LEITORES (ou de quem ta vendo no cinema), e é mais ainda porque depois da fase maravilhosa do livro, só vai piorando a situação do rapaz lindo e amoroso e a partir disso o livro vai ficando tão depressivo que eu simplesmente parei de ler.

Sinceramente, eu acho o John Green muito sádico (ele poderia se juntar com o George Martin, talvez). George Martin consegue ser ainda melhor porque geralmente os personagens morrem por suas escolhas e atos no livro/série, mas os personagens do J.G nem tiveram escolha. Sim, eu sei que isso ocorre na vida real, a vida é injusta e eu acho que esse é um bom motivo para que os livros dele não fossem depressivos. A gente já vive tanta coisa ruim no mundo e ter que ler algo pra lembrar isso é ruim. Sádico. John Green é o Nicholas Sparks da atualidade, que mata todos os personagens amorosos em seus livros também de alguma doença e as pessoas reverenciam tanto.

Ok, eu acho a história deles linda, o pequeno infinito que eles tiveram mas eu só não gostei do rumo da história, e eu como boa hipocondríaca e pessoa muito sensível entrei numa angústia depois que li esse livro. (terapia, kd você?).
John Green, você vai ter que pagar o meu psicólogo. 



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